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VALDECIR DE OLIVEIRA ANSELMO | ||
I. Sobre o autor | ||
Valdecir de Oliveira Anselmo nasceu na cidade de Tapejara, interior do Rio Grande do Sul, em data de dezoito de julho do ano de 1969 e mora, atualmente, na cidade de Caxias do Sul, no mesmo Estado. Filho de Pedro Ari Souza Anselmo e de Dejanira de Oliveira Anselmo, o mesmo é Bibliotecário, formado pela Fundação Universidade do Rio Grande, no ano de 1999. Diletante da poesia, escreve desde 1991, sob a égide desse gênero.
Já tem publicado os livros de poesia: "Cálido ósculo do encanto" (Caxias do Sul: ed. do autor, 1991); "Fluidez" (Caxias do Sul: ed. do autor, 1991); "Recendência" (Rio de Janeiro: Quártica, 2008) e "Estro: engenho poético" (Rio de Janeiro: Quártica, 2009).
Contatos com o autor pelo e-mail valdeciranselmo@gmail.com.
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II. Seus E-Books | ||
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III. Suas Obras Avulsas | ||
Catedral Ser poeta é como ter um templo na alma, uma catedral portentosa É como ter a alma garbosa ou anelar esse garbo E ter um largo sorriso que a singeleza suscita E não falar em desdita, sequer opor um embargo À felicidade da alma, essa que lhe espera à frente E acalentar, tão fremente, como por um anjo enlevado E ouvir sussurros ao lado, exortações de alegria Sorrir, fagueiro, pro dia, de encanto estar abastado Poesia, intimista oração, é pra alma um conforto É alijar o desgosto bem pra longe, a esvair-se É sentir-se, então, calidamente estreitado Por algum anjo amado, na sua essência fundir-se. Poesia e poeta Ah, poesia! Não deixemos a alma compungida, demo-lhe alento Falaremo-lhe de luz, em ensejado momento, falaremos de amor Não rimaremos com dor, é uma rima pobre! Falaremos de sobre as nuvens, com ardor! Ah, poesia! Não deixemos a alma compungida, demo-lhe alento Não falaremos de lamento, falaremos de ternura Falaremos lá d'altura, lá do píncaro estrelado Estelífero e silente, assim calado, damo-lhe voz, damo-lhe rosto Damo-lhe sorriso, vivo e com gosto, damo-lhe verso bem acabado Ah, poesia! Não deixemos a alma compungida Insuflamo-lhe vida, entusiasmo lhe damos E não tenhamos malícia, no olhar só encanto Não somos anjo nem santo, porém o céu almejamos. Melifluidade Na dulcíflua mansidão dos teus olhos o encanto adeja E nele a lídima beleza, embebida num mar de candura Tem a decantada ternura de tudo que flui com o afeto E também o querer tão dileto que eleva a alma à altura Na melifluidade do teu sorriso O tão almejado paraíso se descortina E a alma, maestrina, rege, num mirífico encanto O orquestrar acalanto que ao amor se destina Onde há luz todo sonho se afina à candura que ilumina e aquece pois que a alma embevece, fazendo-a vibrar e um canto enlevar a esse amor que enobrece Pois o poeta em nímeo gole todo encanto entorna E seu desvelo adorna de virtude a alma que ama Pois do coração dimana toda ternura e afeto Que transmite ao ser dileto aos fulgores de uma flama E toda tristeza se esvai, se estiola Nessa olência que evola, suscitando encanto Que provem do recanto onde nasce uma flor Cujo doce olor é tal qual acalanto E o rocio que cai e lha embebe Diria até que se atreve a dar-lhe um beijo ligeiro Qual anjo assim tão fagueiro, na alacridade do afeto Fazendo um méleo dueto com o refrescor do seu cheiro E quando o dúlcido encanto deambula embevecido Por ter, enfim, haurido na placidez onírica Essa rica olência de uma rara flor Que um anjo chamou de amor com sua voz mirífica Adeja no mesmo céu dess’anjo, minh’alma Te embebas na calma fluidez dos seus olhos Deixa que os lios de suas asas te envolvam E que por fim se dissolvam os pensamentos sombrios Fazei-me, oh anjo risonho, teu dileto pupilo Embebendo-me em mar tranqüilo, em sua gláucica abluência Transluzindo de minha essência esse amor então dormente A me afagar tão docemente ao longo dessa existência. |